ESTUDO DA ESTABILIDADE DE BIXINA EM SEMENTES DE URUCUM (Bixa orellana L.) ARMAZENADAS EM DIFERENTES
RESUMO - No Brasil, a produção de sementes de urucum se concentra entre julho e agosto. Isso torna necessário o armazenamento desses grãos para serem processadas durante o resto do ano pelas indústrias produtoras de corantes. O método de armazenamento tradicionalmente realizado pelos produtores e pelas indústrias de corantes é o envase em sacos de polipropileno entrelaçado, denominados de sacos de ráfia, e a estocagem em temperatura ambiente. Porém, a bixina, principal pigmento presente nas sementes de urucum, é sensível a fatores como oxigênio, luz e temperatura. Diante disso, recentemente foi introduzida uma tecnologia de armazenamento em embalagens que prometem a proteção dos grãos, do oxigênio e da luz. O argumento utilizado é que esse tipo de envase mantem os pigmentos das sementes durante todo o período de entressafra. Contudo, nenhum estudo ainda tinha sido publicado para sustentar essa hipótese. Tendo isso em vista, este projeto procurou comparar a estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum armazenadas em dois tipos de embalagens: sacos de ráfia e embalagem de poli(tereftalato de etileno) metalizado laminado com polietileno (PET met./PE - envasadas a vácuo), ambas armazenadas em duas temperaturas: 25ºC e -25ºC. Os resultados de 330 dias de armazenamento indicaram que não houve degradação significativa (p ≤ 95%) da bixina nas sementes de urucum armazenadas a -25ºC e nas sementes das embalagens PET met./PE, armazenada a 25ºC, envasadas a vácuo. Contudo, as sementes armazenadas em sacos de ráfia à 25ºC apresentaram degradação linear, chegando a aproximadamente 50% do pigmento inicial no período de um ano.
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